Combate à fake news

Combate às Fake News: Guia em 5 Passos para Proteger a Informação

Se você acha que fake news é só “história da carochinha” para enganar inocente, prepare-se: 89% dos brasileiros já caíram em alguma notícia falsa. E não é pouca coisa — 73,7% desse lixo informativo sobre saúde se espalha pelo bom e velho WhatsApp, o reino das correntes infinitas. Com base em um relatório investigativo recheado de dados, leis e ferramentas, organizamos aqui um guia prático e direto para não ser mais um “repassador oficial da mentira”.


1. Identifique os Sinais de Alerta

Nada de ser aquele leitor que só lê a manchete e já solta opinião no grupo da família. Pesquisas do TSE e do CNJ mostram que títulos sensacionalistas, erros de português dignos de arrepiar o professor Pasquale, URLs falsificadas e notícias antigas vendidas como “fresquinhas” são as pistas clássicas de que tem fake news na área.


2. Verifique a Origem e as Fontes

As agências de checagem não vivem à toa. A Agência Lupa segue 8 passos rigorosos; a Aos Fatos, 7. E o projeto Fato ou Boato do TSE já teve 9 milhões de acessos, com apoio de 27 tribunais regionais e 9 agências independentes. Se está na dúvida, vá atrás dessas fontes: elas são o “Procon” da verdade.


3. Use Ferramentas de Fact-Checking

O Brasil não ficou parado:

  • Fato ou Boato: 408 desmentidos catalogados

  • Brasil Contra Fake: 1,1 milhão de visualizações

  • Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE: 154 parceiros e denúncias crescendo 1.671% entre 2020 e 2022

Ou seja, ferramenta tem. Só falta usar.


4. Aplique Técnicas de Verificação Digital

Antes de sair compartilhando vídeo “bombástico”, use ferramentas como Google Imagens, TinEye e InVID para checar se aquele conteúdo não é de outro século ou de outro país. O TSE proibiu deepfakes nas eleições 2024 e a Câmara já aprovou pena de 2 a 6 anos para deepfakes sexuais. Não é só meme: é crime.


5. Denuncie e Não Propague

Se encontrou fake news, não finja que não viu. Denuncie:

  • Facebook: denúncias diretas

  • WhatsApp: encaminhe para agências de checagem

  • TSE: Sistema de Alerta de Desinformação

Só em 2020, o WhatsApp baniu 360 mil contas por spam. Então sim, tem gente cuidando disso.


Base Legal e Números que Não Mentem

  • Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) → Princípios de uso da rede

  • Código Eleitoral → Criminaliza fake news (Art. 323)

  • PL 2630/2020 → Propõe a “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”

E os dados falam por si:

  • 78% acham importante controlar fake news nas eleições

  • 72% viram conteúdo suspeito nos últimos 6 meses

  • 79% usam o WhatsApp como principal fonte de informação

  • 25% das mensagens políticas em apps são duvidosas


Onde Ainda Falta Pesquisa

  • Educação Digital: O impacto real na redução de fake news ainda não é claro.

  • Plataformas Diferentes: Falta comparar eficácia das medidas entre redes.

  • Deepfakes: Cadê estudos sobre a capacidade real de detecção?

  • Custos Sociais: Quanto a desinformação custa de verdade para o país?


Conclusão: Tecnologia + Lei + Educação = Arma Contra Fake News

O Brasil tem um dos sistemas mais completos do mundo no combate à desinformação. Mas, sem que cada um faça sua parte — e sem educação digital — nada adianta. O guia dos 5 passos é simples, mas poderoso: identificar, verificar, checar, analisar e denunciar.

Se usado direito, transforma o cidadão comum num verdadeiro “caçador de mentiras” digital.

Deixe um comentário